sexta-feira, 6 de junho de 2014

JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO



Foi o Príncipe Regente D.João, mais tarde D. João VI quem criou este jardim em 13 de junho de 1808,  com o objetivo de aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais. Na época foi denominado Jardim da Aclimação.

Com a ameaça da invasão das tropas de Napoleão Bonaparte em Portugal, a nobreza portuguesa mudou-se para o Brasil e instalou-se, primeiro na Bahia e depois, a sede do governo foi para o Rio de Janeiro. Encantado com a exuberância da natureza do lugar, aí D. João instalou o Jardim, que em 11 de outubro do mesmo ano, passou a Real Horto.

 Por um erro histórico acreditava-se que as primeiras plantas tinham sido trazidas do Jardim Gabrielle, de onde vieram muitas plantas, principalmente durante as guerras napoleônicas. Porém o Jardim Gabrielle era nas Guianas e as primeiras plantas que chegaram aqui vieram, na verdade, das ilhas Maurício, do Jardim La Pamplemousse, por Luiz de Abreu Vieira e Silva, que as ofereceu a Dom João. Entre elas, estava a Palma Mater.

Aberto à visitação pública após 1822, o Jardim teve muitos visitantes ilustres: Einstein, a Rainha Elisabeth II do Reino Unido e muitos outros.

O Jardim Botânico do Rio é uma das mais belas e bem preservadas áreas verdes da cidade. É um exemplo da diversidade da flora brasileira e estrangeira. Nele podem ser observadas cerca de 6.500 espécies (algumas ameaçadas de extinção), distribuídas por uma área de 54 hectares ao ar livre e em estufas. O Jardim abriga ainda monumentos de valor histórico, artístico e arqueológico, além de um importante centro de pesquisa, que inclui a mais completa biblioteca do país especializada em botânica, com mais de 32 mil volumes.

Vários naturalistas e administradores contribuíram para a trajetória do Jardim Botânico, como: Frei Leandro, Serpa Brandão, Cândido Baptista de Oliveira, Custódio Serrão, Karl Glasl, João Barbosa Rodrigues, Pacheco Leão, Campos Porto, João Geraldo Kuhlmann e o atual presidente Liszt Vieira.

Agora, vamos a um passeio pelo Jardim.


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Central de visitantes  

antigo Engenho de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa

Foto de Fulviusbsas

Museu do Meio Ambiente
Museu do Meio Ambiente


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http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Lago_Frei_Leandro.gif
Frederico Padrão

Estátua da deusa Tétis à beira do lago Frei Leandro


Chafariz

Pérgola


Ponte de um jardim japonês situado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Fonte do jardim japonês


Cabana e caboclo da região amazônica cercados por plantas da região amazônica


Aleia Barbosa Rodrigues

Jardim Botânico do Rio de Janiero: Aleia Barbosa Rodrigues

O seu nome é uma homenagem ao naturalista brasileiro João Barbosa Rodrigues, diretor da instituição entre 1890 e 1909. Aleia principal do Jardim, constitui-se no seu cartão de visitas, ladeada por imponentes Palmeiras Imperiais.

A primeira muda de sua espécie a chegar no Brasil foi plantada pelo Príncipe-Regente D. João em 1809. Era então administrador Serpa Brandão, e tanto era seu carinho e seu ciúme pela palmeira que, quando esta floresceu e frutificou, colhia suas sementes e as queimava, para que não se vulgarizasse com numerosos exemplares! Com o tempo, os escravos viam nas sementes modo de conseguir dinheiro fácil, e às ocultas colhiam seus frutos à noite e iam vendê-los.

O conjunto monumental da aléia é integrado pelo portal oriundo da demolição do prédio da Academia Imperial de Blas Artes (1938), de autoria do arquiteto francês Grandjean de Montigny

 Aleia Custódio Serrão

Assim nomeada em homenagem ao segundo administrador da instituição, Frei Custódio Serrão (1859-1861), destaca-se pelos exemplares de, abricó-de-macaco, espécie nativa da Amazônia, e pelos de sumaúma, uma das árvores de maior porte no mundo.

Em uma das extremidades da aleia, no local onde o então Príncipe-Regente plantou a primeira Palmeira Imperial (1809), derrubada por um raio em 1972, encontra-se um busto de D.João VI, de autoria de Rodolfo Bernadelli. As sementes dessa primeira palmeira, deram origem à Palma Filia, hoje também no local.

 Aleia Pedro Gordilho

Nomeada em homenagem a Pedro Gordilho Paes Leme, antecessor de Barbosa Rodrigues à frente da instituição, destaca-se pelas árvores de pau-brasil, símbolo nacional brasileiro, e pelas cascatas.

 Aqueduto da Levada

http://www.geolocation.ws/v/I/5337476992582815393-5488318594979179362
/aqueduto-da-levada-jardim-botnico-do-rio/en
Construído em 1853 com o objetivo de ordenar o curso das águas pluviais do vale da Margarida, onde havia cultura de "Carludovica palmata"  (com cuja fibra se fabricavam chapéus do Chile), para o Jardim Botânico.
Bem tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 2005  o monumento sofreu extensa intervenção de restauro, dentro de um projeto mais amplo de recuperação e requalificação do seu entorno.

Esse projeto previu o tratamento da área, então utilizada para o descarte de restos vegetais e de resíduos, e de seus acessos, reintegrando-a ao espaço do Jardim Botânico por meio da recuperação paisagística e da sua articulação com o Caminho da Mata Atlântica e outros acessos, além da criação de novas áreas de visitação e de coleções botânicas.

 Caminho da Mata Atlântica

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:BotanicalGardenRio-AtlanticForest.jpg
Autor da foto:Fulviusbsas
O chamado Caminho da Mata Atlântica, antigo Caminho do Boi, é um caminho aberto num fragmento preservado da mata atlãntica, com aproximadamente 600 metros de extensão, inicia-se na catarata e termina, atualmente, no Aqueduto da Levada, aberto em 2005  à visitação pública.

 Chafariz Central

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:JdBotanico3-CCBY.jpg
Autor: tsc_traveler [2]
Chafariz central


Em ponto central no encontro das aléias, constitui-se numa das mais belas atrações do Jardim. Fabricado na Inglaterra, é formado por duas bacias. Na maior delas, quatro figuras representam as musas da Música, da Poesia, da Ciência e da Arte. O chafariz foi originalmente instalado na Lapa até que, com a reformulação do Passeio Público (1905) foi instalado no Jardim Botânico.

 Solar da Imperatriz


Solar
Solar da Imperatriz
http://www.jbrj.gov.br/cultura/solar.htm
Edificação associada ao primeiro engenho de açúcar na então capitania do Rio de Janeiro, o Engenho de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa, estabelecido em 1575. Este Solar e mais cinquenta e oito chácaras  integravam o vasto latifúndio onde se localizam os bairros que, atulmente, circundam a Lagoa Rodrigo de Freitas. No subsolo do solar havia uma senzala onde eram mantidos os escravos da propriedade. Uma tradição local refere que os escravos aí mantidos se revezavam em gritos e uivos, como forma de resistência, para que seus senhores não dormissem à noite.

 

 Lago Frei Leandro







O seu nome é uma homenagem a Frei Leandro do Santíssimo Sacramnto, primeiro diretor do Jardim Botânico, de 1824 a 1829.
O lago destaca-se pela presença de Vitórias-régias  e ninféias em seu espelho d'água, decorado por uma escultura da deusa Tétis em ferro, da autoria de Louis Savageau. Nas suas margens, o visitante pode apreciar exuberantes exemplares da Árvore do Viajante.

 Cômoro

O cômoro, elevação adjacente ao lago, foi erguido com a terra retirada para a construção do mesmo. Ambos foram projetados por Frei Leandro, que tinha o hábito de se sentar à sombra da jaqueira  (até hoje no local), dirigindo os trabalhos dos escravos . Ali fez colocar uma grande mesa de granito, onde os jovens príncipes, primeiro D. Pedro I e, mais tarde, D. Pedro II,   faziam seus lanches. Fez colocar ainda um relógio de sol no local.  O cômoro é encimado por um caramanchão, a chamada Casa de Cedros.

Orquidário

Orquidário

 Fica numa estufa  construída no final do século XIX, foi reformada no ano de 1930 e restaurada em 1998. Além de abrigar mais de 700 espécies de orquídeas, o orquidário  abriga plantas ornamentais como antúrios, filodendros, avencas e samanbáias, um conjunto  de dois mil vasos com uma das mais belas coleções do Jardim Botânico.

Lá ocorre anualmente exposição de orquídeas. O evento promovido pelo designer Antonio Bernardo, é organizado pela OrquidaRio, maior associação orquidófila da América Latina. Tradicionalmente realizado no Orquidário do Jardim Botânico, em 2013 inovou e aconteceu em um cenário inédito, o salão de entrada do Museu do Meio Ambiente que abrigou flores das coleções de produtores de diversos estados brasileiros em ambiente especialmente criado para a exposição "Orquídeas no Jardim".

Bromeliário


Estufa Roberto Burle Max

É o maior bromeliário do  Rio de Janeiro, reúne cerca de mil e setecentos exemplares das Américas do Sul e Central,  muitas delas encontradas na Amazônia, na Mata Atlântica em restingas e caatingas. 
Possuindo variadas formas, são muito apreciadas como plantas ornamentais pela sua fácil adaptação ao ambiente. Aqui encontram-se organizadas em canteiros e na Estufa Roberto Burle Max.

 Insetívoras

Esta estufa concentra uma comunidade de plantas genéricamente denominadas como insetívoras  que atrai a atenção dos visitantes em geral, e particularmente do público infantil.

 Jardim Sensorial

Concebido de maneira a que as suas plantas possam ser tocadas pelos visitantes, destina-se particularmente à apreciação pelos deficientes visuais. O conjunto é constituído por plantas aromáticas e de diversas texturas, sendo o visitante convidado a exercitar os sentidos do tato e do olfato, particularmente. As espécies de plantas encontram-se identificadas por placas com escrita em caracteres braille.

 Região Amazônica

Este trecho do Jardim evoca a densa vegetação da Amazônia, cenário completo com uma cabana de sapê  e a estátua de um caboclo da região. Aqui se encontram exemplares de seringueiras, babaçus, andirobas, cacaueiros e pau-mulato, espécie interessante pela mudança de cor que apresenta a cada época do ano.

Jardim Japonês





Criado em 1935, a partir de uma doação de sessenta e cinco espécies de plantas típicas do Japão feita pela Missão Econômica Japonesa, que à época visitou o Brasil. Reinaugurado em 1995, apresenta ao visitante um típico recanto nipônico, com um jardim de pedras, e exemplares de bonsais bambus, cerejeiras, buquês de noiva e salgueiros chorões. Nos dois lagos, habitados por carpas destacam-se flores de lótus

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro conta ainda com um café (Café Botânica).


Monumentos

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Casa dos pilõeshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:JdBotanico1.jpg
Foto de Fulviusbsas

http://www.jbrj.gov.br/cultura/index.htm
Estátua da deusa Tétis à beira do lago Frei Leandro

Cômoro Frei Leandro
Cômoro de Frei Leandro ou Casa dos Cedros
http://www.jbrj.gov.br/arboreto/c_cedros.htm




Memorial Mestre Valentim

Criado em 1997, o memorial homenageia o artista brasileiro Valentim da Fonseca e Silva, autor das primeiras obras em metal fundidas no Brasil, abrigando peças provenientes da demolição da antiga Fonte das Marrecas, no Passeio Público (1905) .
Destacam-se os conjuntos "Aves Pernaltas" e as estátuas de "Eco" e "Narciso", fundidas em Bronze.

 




Como todo mundo sabe, Eco foi perdidamente apaixonada por Narciso,
que era perdidamente apaixonado por si mesmo. Eco definhou de amor.
Tanto assim que, da linda ninfa que ela era, só ficou a voz, o eco. Pois
bem, o grande escultor carioca que foi Mestre Valentim (1750-1813)
resolveu eternizar, no Chafariz das Marrecas, que ficava diante do Passeio
Público, o momento em que Eco ainda tinha esperanças de conquistar Narciso.


http://www.jbrj.gov.br/cultura/eco_nar.htm




http://www.jbrj.gov.br/cultura/memorial.htm


http://www.jbrj.gov.br/cultura/memorial.htm

Arboreto

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Autor: Fulviusbsas
O Arboreto é composto por cerca de 9 mil espécimes vegetais que representam ecossistemas brasileiros e de outros países. Ao todo, é um fragmento de 57 hectares de Mata Atlântica  remanescente, 197 canteiros de coleções de plantas, quatro lagos com vitórias-régias, cerca de 1.500 espécies cultivadas nas estufas do Orquidário, Bromeliário, Insetívoras e Cactário, além de seis jardins temáticos: roseiral, medicinal, sensorial, bíblico, japonês e beija-flores.

Em 30 de setembro de 2009, a Companhia Vale do Rio Doce assinou um convênio para preservar o Jardim Botânico, com o investimento de R$ 2 milhões próprios (não-incentivados) ao longo dos próximos dois anos. Estão previstas ações de jardinagem, limpeza, nova sinalização, reforma dos bancos, intercâmbio de tecnologia ambiental e outros. A Vale patrocina ainda o espaço Teatro Tom Jobim com programação musical.

Alguns números sobre o Jardim Botânico
O Jardim conta com:
  • 330 mil plantas desidratadas
  • Carpoteca com 5.800 frutos secos
  • Xiloteca com 8.000 amostras de madeira
  • Orquidário
  • Biblioteca com cerca de 66 mil volumes e 3 mil obras raras 
O arboreto científico (parque) está aberto aos visitantes de segunda a domingo, durante todos os dias do ano, excetuando-se 25 de dezembro, 1 de janeiro e momentos específicos de horários adotados pela Presidência do Instituto. O horário normal de visitação é das 8h às 17h, com prorrogação de uma hora para o fechamento das bilheterias no período de horário de verão. Para mais informações, ligue para o Centro de Visitantes - (21) 3874-1808/3874-1214
    Fontes: 
    http://www.jbrj.gov.br/
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Jardim_Bot%C3%A2nico_do_Rio_de_Janeiro

    Nota: Em 2013 a exposição de orquídeas que ocorria no orquidário, foi realizada no Museu do meio Ambiente:


               

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