Parque Arruda Câmara - (BICA) - Jão Pessoa - Pb.

Fonte

Construções em estilo colonial, no parque.

Ilha dos macacos

Lago dos pedalinhos

Outra visão da ilha dos macacos

O Parque Arruda Câmara é um misto de jardim zoológico e botânico, localizando-se no bairro do Roger, a dois minutos do centro da cidade.

Popularmente chamado de BICA, o Parque Arruda Câmara é um ambiente de sol e água fresca, com a placidez do Parque dos Namorados, a movimentação da Ilha dos Macacos, as cascatas, o "play-ground", tudo inspirando tranquilidade e alegria. 

Em virtude de uma fonte natural de água potável em seu centro, o Parque Arruda Câmara é um oásis no meio da capital paraibana. Recanto dos mais pitorescos da cidade, constitui-se num verdadeiro santuário ecológico encravado no centro de João Pessoa. É tombado pelo IPHAEP (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba) desde 26 de agosto de 1980.

Em meio às espécies de árvores secularesdo Parque Arruda Câmara, a população de João Pessoa pode praticar diversas atividades, em busca de saúde e equilíbrio. São as Práticas Integrativas Complementares, oferecidas de graça no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, a Bica.

A iniciativa do projeto é da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) e da Secretaria de Saúde de João Pessoa. O atendimento é feito no Centro de Estudos e Práticas Ambientais, que funciona dentro da Bica.

São oferecidas aulas de biodança, tai chi chuan, terapia comunitária e taporritmia. Qualquer pessoa pode participar desde que se inscreva, gratuitamente, no Centro de Estudos. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 3218 9841 e 3218 9817.

A história da BICA é terna e bela: trata do amor de dois indígenas, a índia potiguar Aipré, filha de um cacique e o valente guerreiro cariri, Tambiá. A inimizade entre as duas tribos impedia o casamento. Feito prisioneiro, Tambiá recebeu como "esposa da morte" a filha do inimigo. Executado na floresta, ele teve a última mensagem de sua amada; durante cinquenta luas, Aipré chorou sobre a tumba do índio. Do seu pranto originou-se a fonte do sítio, a partir daí intitulado Tambiá.

 

Em 2 de março de 1782, a Provedoria da Fazenda autorizava a edificação de uma fonte no pequeno bosque de onde fluía o córrego. Em 1831, foram expandidos os limites do sítio, concretizando-se sua construção definitivamente em 1889. Apresenta uma área de 43 hectares que foi desapropriada pelo então prefeito Walfredo Guedes Perreira, em 1920-1924, e batizada com o nome do renomado botânico paraibano da cidade de Pombal, Manuel Arruda Câmara.

Pequeno histórico do Patrono do Parque

Manuel Arruda Câmara (Pombal, 1752 — Goiana, 2 de outubro de 1810), foi um religioso, médico e intelectual brasileiro. Notabilizou-se como um dos grandes botânicos do final do século XVIII.

Filho de Francisco Arruda Câmara e de Maria Saraiva da Silva, provinha de família de cristãos-novos, isto é, de judeus convertidos à força ao cristianismo, na Península Ibérica e nas Américas espanhola e portuguesa, por perseguição da Santa Inquisição.

Em 23 de novembro de 1783 professou a regra dos Carmelitas Calçados no Convento de Goiana, em Pernambuco. Posteriormente Manuel Arruda Câmara e seu irmão, chamado Francisco, como o pai, viajaram à Europa, a fim de estudar. Formou-se em Filosofia Natural pela Universidade de Coimbra e, mais tarde, recebeu o grau de doutor em Medicina na Universidade de Montpellier, na França.

Retornou em 1793 a Pernambuco, estabelecendo-se em Goiana, incumbido pela Coroa portuguesa de realizar diversos levantamentos naturais na região Nordeste do Brasil:

• entre março de 1794 e setembro de 1795, fez uma expedição mineralógica entre Pernambuco e Piauí, levantando a ocorrência de diversos minerais;
• entre dezembro de 1797 e julho de 1799, viajou entre a Paraíba e o Ceará;
• realizou viagens até ao rio São Francisco.

No conjunto dessas expedições científicas, realizou levantamentos mineralógicos, botânicos e zoológicos, por ele próprio sistematizados. Redigiu escritos sobre agricultura e uma Flora de Pernambuco (Centúrias dos novos gêneros e espécies das plantas pernambucanas), que contém desenhos feitos por ele mesmo e por João Ribeiro de Mello Montenegro.

Como maçom foi fundador do Areópago de Itambé, uma sociedade filosófica de caráter liberal, cujas idéias influenciaram a Conspiração dos Suassunas (1801).

O nome do parque zoobotânico  popularmente conhecido como "Bica", é uma homenagem prestada a Manuel Arruda Câmara. Além disso, é patrono de uma das cadeiras da Academia Paraibana de Letras.

^{Fontes : wikipédia (texto), http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=522055(fotos) e Portal Prefeitura de João Pessoa}